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As 10 maiores façanhas do futebol africano

 

Hoje, 14 de dezembro, a maior façanha de um clube de futebol africano completa seu primeiro aniversário. O TP Mazembe, neste dia em 2010, venceu o Internacional por 2×0 em Abu Dhabi e conseguiu a classificação para a final do Mundial de Clubes da Fifa, como todos vocês bem lembram. Em homenagem à vasta torcida congolesa, o Impedimento abre um intervalo para seu lema – somente futebol sul-americano – e permite a esse escriba escolher as 10 maiores façanhas da bonita história do futebol africano.

10. Camarões 1×0 Colômbia – Copa das Confederações de 2003
A vitória camaronesa contra a Colômbia, na competição disputada na França em 2003, garantiu a Camarões o direito de ser a primeira equipe africana a disputar a final de uma competição oficial da Fifa. O gol foi marcado por Pius Ndiefi, a 10 minutos de jogo. Porém, o resultado não teve a mínima importância diante do que aconteceu na partida: o volante Marc Vivien Foé, depassagens por Manchester City, Lyon e outros clubes, morreu em campo após um ataque cardíaco durante a partida. Mesmo abalados pela tragédia, seus colegas de time resolveram disputar a partida final contra a França no estádio de Saint-Denis – o que rendeu uma série de homenagens, como os jogadores franceses vestindo as camisetas de Foé e as duas equipes levantando a taça ao final, como mostra o vídeo:

9. Tunísia 3×1 México – Copa do Mundo de 1978
Foi a primeira vitória de um time africano na Copa do Mundo. O jogo foi disputado no Gigante de Arroyito, estádio do Rosario Central.
“Os franceses tiveram a geração de 1968, estudantes revolucionários que deixaram a sua marca na cultura e na sociedade. Nós tivemos a geração de 1978, uma safra de futebolistas excepcionais.” Mais aqui.

8. Zâmbia 4×0 Itália – Olimpíada de 1988

O futebol africano sempre figurou melhor nos Jogos Olímpicos do que na Copa do Mundo. Em 1928, um time egípcio ficou em 4º lugar – massacrado pela Itália por 11-3 na disputa do bronze. A seleção ganesa de 1992 levou o bronze em Barcelona, com muitos jogadores da seleção campeã mundial sub-17, como Nii Lamptey, que foi chamado de Novo Pelé na ocasião. (mais sobre sua vida). Em 1964, República Árabe Unida (hoje Egito) e Gana disputaram as quartas, com vitória de 5×1 dos árabes.

Porém, nenhuma façanha foi tão significativa quanto o massacre promovido pela seleção de Zâmbia à Itália em 1988. A Itália tinha jogadores importantes, como Tassotti e Ciro Ferrara, mas Zâmbia tinha o craque Kalusha Bwalya, que arrasou com a seleção italiana marcando três gols na primeira fase. Infelizmente, o sonho das Balas de Cobra não resistiu muito: nas quartas, o time foi eliminado pela Alemanha Ocidental, com três gols de um tal de Jurgen Klinsmann.

A alegria não durou muito. Muitos dos jogadores daquela seleção da Zâmbia morreram em um acidente aéreo, em 1993.

7. Argélia 2×1 Alemanha Ocidental – Copa do Mundo de 1982

A Alemanha, além de ser bicampeã mundial, era campeã europeia quando enfrentou a Argélia na primeira fase da Copa do Mundo da Espanha. A vitória argelina foi considerada, na ocasião, a maior zebra da história dos mundiais, pois o time alemão era primoroso – tanto que chegou à final – com nomes como Breitner e Rummenigge. As Raposas do Deserto venceram com gols de Rabah Madjer – que foi depois considerado um dos maiores jogadores da história do Porto, marcando o gol da vitória do Mundial de 1987 contra o Peñarol – e Belloumi.

Aqui, uma crônica do Guardian sobre o jogo
E os melhores momentos:

6. George Weah melhor jogador do mundo – 1995

O prêmio de melhor jogador do mundo suscita muitas dúvidas. Os campeonatos sul-americanos não passam como atrações principais nas TVs da Europa, África, América do Norte, Ásia e Oceania, enquanto em todos os continentes há um bombardeio de imagens dizendo que Messi é o maior jogador da história e o campeonato francês é uma ótima atração.

Em 1995, o então melhor jogador do mundo, Romário, mudou-se para o Flamengo e saiu dos holofotes daqueles que votam nos melhores do mundo. Foi também o ano do Ajax, um time que se destacava bem mais pelo coletivo fortíssimo. A Itália, porém, tinha o campeonato mais forte, e se destacava nele um atacante liberiano contratado do Paris Saint-Germain, George Weah.

Weah era um jogador de rara conjunção de força física e técnica diante do gol. Além de objetivo e vertical, Weah era ambidestro e tinha velocidade com e sem a bola. Era um fenômeno, que conquistou para o Milan o campeonato italiano daquela temporada. Venceu Paolo Maldini e Lothar Matthaus na eleição. Weah hoje dedica-se a causas humanitárias e concorreu à presidência do seu país em 2005, derrotado pela economista formada em Harvard e atual Nobel da Paz Ellen Sirleaf.

Alguns dos seus gols:

5. Senegal 1×0 França – Copa do Mundo de 2002

Com Zidane lesionado e uma seleção em crise de relacionamento, a França não passou da primeira fase da Copa do Mundo de 2002. Essa a história contada hoje: na estreia da Copa, a França era a badalada campeã mundial, que emendara a conquista da Copa das Confederações de 2001, ganhava tudo e era a mais temida.

Senegal não quis nem saber dessa pompa toda e passou por cima da seleção francesa, jogando um futebol coletivo e com fina técnica. Um gol de Bouba Diop, comemorado com uma das danças mais bacanas da história das copas, selou o destino francês. O time de Diouf, Fadiga, Diao, Henri Camara e outros se classificou para as fases finais, eliminando o Uruguai no último jogo da primeira fase e a Suécia nas oitavas de final, mas parou na Turquia nas quartas.


4. Camarões 1×0 Argentina – Copa do Mundo de 1990

Como campeã mundial, a Argentina tinha o direito de abrir a Copa do Mundo do ano seguinte, e Camarões parecia um time fácil para a equipe de Bilardo. Porém, o time de Bilardo usava uma tática muito sua – retrancaço e muita porrada – contra uma equipe que absolutamente não tinha medo disso. Com o segundo maior jogador da história nas suas hostes, a Argentina sucumbiu diante de um solitário gol de cabeça de Oman-Biyik em pleno San Siro.

Essa citação representa toda a grande campanha que Camarões fez na Copa de 1990. Depois da Argentina, os Leões Indomáveis comandados por Roger Milla e seus 38 anos de idade ainda venceram a Romênia e a Colômbia, garantindo a vaga para enfrentar a Inglaterra na fase seguinte.

Mesmo com toda a torcida napolitana a seu favor, Camarões acabou perdendo a vaga para a Inglaterra, com dois gols de Lineker. Veja lances de Roger Milla:

3. TP Mazembe (Congo) 2×0 Internacional – Mundial de Clubes de 2010

Moses Katumbi, antes do Mundial, disse que queria pegar o Barcelona, time para qual torcia.Porém, se contentava com enfrentar apenas a Inter de Milão. Era um time com folha salarial equivalente à uma equipe da segundona inglesa, que estava entre os melhores da África há tempos e que pagava bons prêmios aos seus atletas, como foi contado por Felipe Prestes nesse texto premonitório e antológico.

Porém, para nós todos era só mais um time congolês, folclórico, com uma torcida que tocava músicas muito bacanas. O Inter foi a campo sem fazer a mais vaga ideia de como usar os pontos fracos e fortes do time congolês, foi derrotado sem qualquer contestação e com toda a justiça. Dias depois, o NY Times publicou um artigo que dizia: ‘Surpresa para todos, menos para eles’. O Mazembe perdeu da Inter de Milão na final e não conseguiu a vaga para o Mundial deste ano. Do lado gremista, lançaram até cerveja para comemorar.

2. Camarões 2×2 Espanha (5×3 nos pênaltis) – Olimpíada de 2000
Na Austrália, os Leões Indomáveis não tinham Milla nem Oman Biyik. Aliás, tinham um time considerado fraco, no máximo com um atacante que não se afirmava em equipes menores do futebol espanhol, um tal de Samuel Eto’o. As participações anteriores de Camarões nas copas foram pífias, e a premonição de Pelé – dizendo que uma equipe africana seria campeã mundial em breve – virou piada.

O Brasil, ao contrário, tinha dois dos meias mais impressionantes do mundo – Ronaldinho e Alex – a ponto de negar levar jogadores acima de 23 anos, de tão boa que era a safra de jovens sob o comando de Wanderley Luxemburgo (na época, com W). Porém, no Brisbane Cricket Ground, Camarões igualou o jogo na bola e na porrada. Bateu bastante na Seleção, teve dois expulsos, levou o jogo para a prorrogação com oito jogadores em campo e ainda marcou o gol de ouro com Mbami, eliminando o escrete canarinho nas quartas de final.

Esse foi o ponto chave da vitória de Camarões na Olimpíada daquele ano. Na disputa da medalha de bronze, um valoroso confronto com o Chile de Zamorano, no qual o time africano foi superior e venceu com Mboma e Lauren. E na final, diante de uma geração premiada da Espanha (Xavi, Puyol, Marchena, entre outros), a vitória nos pênaltis. A segunda medalha de ouro para o futebol africano, a primeira medalha de ouro de Camarões.

1. Nigéria 3×2 Argentina – Olimpíada de 1996
O time de Kanu, Okocha, Babangida, Babayaro e Taribo West já havia causado impressão na primeira fase, vencendo bem Hungria e Japão e dificultando as coisas para o Brasil de Zagallo, que venceu por 1×0, gol de Ronaldo. Porém, era o Brasil de Zagallo, e todos imaginavam que seria tudo muito fácil e tudo daria certo no final.

Quando no dia 31 de julho de 1996 as equipes se enfrentaram novamente, a Nigéria mostrou que não seria mais uma daquelas seleções que esperam o Brasil atacar para tentar uma chiripa e foi para cima do Brasil. Conseguiu um empate nos últimos minutos do tempo regulamentar e a quatro da prorrogação, Kanu tirou o sonho olímpico do Brasil.

A Argentina aguardava o vencedor com uma manchete provocativa, do Olé: “Que vengan los macacos”, debochando da origem africana dos jogadores brasileiros e dos próprios africanos. O time de Passarella, que tinha Cláudio López e Crespo no ataque, entre outros grandes jogadores, não foi páreo para os 11 de Kanu: perdeu por 3×2. A Nigéria levou a medalha de ouro olímpica, até hoje a maior façanha já conquistada pelo futebol africano em todos os tempos. Se é verdade que nas Copas do Mundo ainda não obtiveram sucesso, é impossível dizer que o futebol africano é uma nota de rodapé na história do esporte.